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31 maio 2007
A (IN)JUSTIÇA EM PORTUGAL
Uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça relativa a um processo abuso de menores, que resultou na prática, na redução de pena do arguido do crime, deixou-me a mim e a muitos outros simplesmente estupefactos.
Não discuto se o Supremo julgou ou não no respeito estrito da Lei, mas rejeito inteiramente, no plano dos princípios, as explicações que ouvi e li dum porta-voz deste órgão da Justiça.
O crime abjecto que foi praticado sobre uma vítima menor não devia, nem podia no meu entender, ser considerado uma “ilicitude mediana” só por o menor ter 13 anos e não 6 ou 7 anos, A alusão à sexualidade por parte do juiz (penso eu), é infeliz e falha de rigor, como aliás é referido por diversos especialistas na matéria.
Para mim e suponho que para a maioria dos portugueses, o que é evidente é que foi praticado um crime de abuso de menores e que houve coacção, ou pelo menos houve medo e vergonha por parte do menor, que levou a que a prática fosse repetida pelo que a responsabilidade criminal do abusador é óbvia e sem atenuante de qualquer espécie, salvo se tivesse sido considerado com insanidade mental.
Por isto tudo, ou há um erro por parte do Supremo ou a Lei tem que ser urgentemente alterada por levar a conclusões deste calibre.
*
Nota: Ontem este blog e o Zé Povinho, este que escreve neste cantinho, estiveram de greve e aplaudem esta iniciativa, penso que do KAOS! Foi notável a adesão e a solidariedade, bem retratada nos pot's que por lá vi e nos inúmeros espaços que exibiram a imagem.
Via Zé Povinho
O Grande Show do Dador
Por norma, não comento programas de televisão, especialmente reality shows. Não comentei a anormalidade de “A Bela e o Mestre” nem outros que tais.
No entanto, depois de ler esta notícia, não posso não comentar dado que foram ultrapassados todos os limites.
Neste reality show, em último caso, decide-se quem vive e quem morre. Manipula-se sem qualquer tipo de escrúpulos as emoções humanas e põe-se três pessoas desesperadas numa situação que pensam ser a única possível. Não olham aos meios para alcançar os fins: audiências, muitas audiências. Dinheiro, muito dinheiro.
É um formato pérfido e menospreza todos os critérios éticos. Não percebo como é que um programa destes chega sequer a ser imaginado, quanto mais a ser posto em prática. Melhor: percebo, mas não aceito.
Como sempre, o ser humana tem necessidade de justificar as suas acções. O caso não é diferente. Diz o director da BNN que o programa “servirá para chamar a atenção para a falta de órgãos para doação na Holanda e defende que as probabilidades de os doentes receberem um rim num reality show "é maior" que no sistema de saúde.” Onde parará a hipocrisia?
Amanhã decide-se em directo quem vive e quem morre.
Amanhã decide-se em directo quem vive e quem morre.
Via Janelar
Mistificação nacional
A felicidade de quem tem bons comentários no blog é a de poder reutiliza-los como post.
Ainda há uns dias li um aqui colocado pelo Pedro Silva do blog, “Armadilhas para ursos conformistas” de que gostei e soube que tinha de publicar. O meu obrigado pelo texto.
Somos vítimas de uma mistificação nacional.
Foi "decidido" internacionalmente e ajudados pelo sentimento de inferioridade, desejo de agradar, e temor reverencial dos políticos portugueses - da actual classe política - que deveria Portugal aceitar ser pobre, ser um país de "serviços",um país de turismo, um país de mão de obra apenas qualificada para esses sectores.
Os políticos portugueses - aquilo a que se chama "a elite", decidiu trair.
Trair é o nome do jogo.
Como tal está a desmantelar todas as áreas que impliquem gasto de dinheiro a formar pessoas extremamente qualificadas em áreas que não estas acima.
Pelo meio, os sectores destas áreas a transformar serão, nalguns casulos, retirados da concorrência internacional e "oferecidos" aos privados portugueses para que estes continuem a produzir mau serviço, mas com lucros altos garantidos e quotas de mercado asseguradas.
Uma falsa concorrência.
Esta estratégia pressupõe - logo à cabeça - que 2 milhões de portugueses são dispensáveis, e que mais 6 sejam extremamente pobres mesmo vivendo em Portugal.
1,5 Milhões viverá extremamente bem e dirá que a culpa dos pobres é de serem pobres - a culpa é deles e 3,5 viverão num novo patamar de classe média, pobres mas que lutarão para manter esse estatuto de pobreza disfarçada.
É por isso que o ano passado saíram 100 mil pessoas deste tugúrio e ninguém se importou minimamente com isso.
Quando isto estoirar o mesmo grupo de palhaços que agora defende isto e defende privatizações e liberalização da economia, mudará de discurso (vide P. Portas já a começar...) e passará a preocupar-se muito com "o social" e a solidariedade.
Entretanto esta merda fica toda fodida. E não restará pedra sobre pedra.
Pelo meio temos os sindicatos.
Representam aquilo que Eça Queiroz dizia que os monges e os frades representavam no século XIX.
Dão colorido à paisagem. Um tom pitoresco.
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Economia,
Educação,
Liberdades,
O país no seu melhor
30 maio 2007
29 maio 2007
Puxar a brasa à sardinha
Não percebo como é que a blogosfera em geral, entretida com Lisboa, ainda não se deu ao trabalho de debater este assunto.
Via Janelar
28 maio 2007
Até metes pena pá...
Sr. Ministro, a rapaziada da margem sul gostaria de lhe dizer que o senhor é um burro do caralho!
Em apoio à Cerveja Fresca
Onde é, afinal, o deserto?
Pode-se debater os argumentos, nunca – só em circunstâncias extremas... – os argumentadores. No recente caso de Mário Lino e da consequente resposta em cartaz da JSD de Setúbal foi, no entanto, o que se verificou. Ao atacar o Ministro das Obras Públicas e não os seus argumentos, a juventude social-democrata descredibilizou ainda mais o debate. Erradica-se a luta de argumentos e perde-se a credibilidade dos argumentadores.
O verdadeiro deserto não está na margem sul ou na margem norte, está nas mentes de quem arranca pela raiz a hipótese salutar de debate. Não é assim que se faz política.
Via Janelar
Darfur: O INFERNO AFRICANO ADORNADO PELA ONU!
OS SENHORES DA GUERRA É QUE MANDAM
No Darfur, região sudanesa, a violência que teima em se perpetuar já causou mais de 112 mil deslocados no primeiro trimestre de 2007, segundo consta num relatório da ONU.
O relatório acrescenta que 1.2 milhões de pessoas tiveram de abandonar as suas casas devido aos confrontos entre as tropas sudanesas, milícias pró-governamentais e rebeldes que atacam civis indiscriminadamente, implantando um clima de terror. Por falta de financiamento, restrições governamentais e excessiva violência mais de 18 % de grupos humanitários tiveram de abandonar a região, deixando as populações entregues à sua sorte.
É impressionante como este conflito se tem prolongado no tempo e no espaço e as dezenas de milhares de mortes que já causou directa e indirectamente, sem que a comunidade internacional se entenda para encontrar a melhor solução de pacificação da região.
Pesam em todo este clima e estado de terror interesses dos grandes lobies do armamento e dos produtos energéticos, indiferentes às matanças e sofrimentos infligidos às populações indefesas, homens, mulheres, idosos, crianças.Naquela região, como noutras, são os senhores da guerra que mandam.
Uma vez mais, a ONU demonstra a sua incapacidade e subserviência às nações abastadas e poderosas que quase nada fazem, agravando as situações muitas das vezes.
Via Despertar Consciências
No Darfur, região sudanesa, a violência que teima em se perpetuar já causou mais de 112 mil deslocados no primeiro trimestre de 2007, segundo consta num relatório da ONU.
O relatório acrescenta que 1.2 milhões de pessoas tiveram de abandonar as suas casas devido aos confrontos entre as tropas sudanesas, milícias pró-governamentais e rebeldes que atacam civis indiscriminadamente, implantando um clima de terror. Por falta de financiamento, restrições governamentais e excessiva violência mais de 18 % de grupos humanitários tiveram de abandonar a região, deixando as populações entregues à sua sorte.
É impressionante como este conflito se tem prolongado no tempo e no espaço e as dezenas de milhares de mortes que já causou directa e indirectamente, sem que a comunidade internacional se entenda para encontrar a melhor solução de pacificação da região.
Pesam em todo este clima e estado de terror interesses dos grandes lobies do armamento e dos produtos energéticos, indiferentes às matanças e sofrimentos infligidos às populações indefesas, homens, mulheres, idosos, crianças.Naquela região, como noutras, são os senhores da guerra que mandam.
Uma vez mais, a ONU demonstra a sua incapacidade e subserviência às nações abastadas e poderosas que quase nada fazem, agravando as situações muitas das vezes.
Via Despertar Consciências
27 maio 2007
Falha na comunicação?
Na estrada, alguns metros antes de uma curva, dois frades seguravam um cartaz que dizia:
“O Fim Está Próximo! Arrepende-te e Volta Para Trás!…”
Passou um automobilista e mostraram-lhe o cartaz.
O do automóvel deu uma gargalhada, mandou-os à fava e seguiu em frente.
No momento seguinte, ouviu-se um grande estrondo para lá da curva.
Vem um camião, os frades mostram a faixa…
O motorista faz-lhes um gesto obsceno, e continua…
Em seguida, outro estrondo.
Instantes depois outro automóvel.
Ao ver a faixa, o motorista buzina, ri e, continua…
Logo a seguir, outro estrondo.
E um dos frades disse para o outro:
- E se puséssemos antes um cartaz a dizer:
“Atenção! A Ponte caiu!!!
“O Fim Está Próximo! Arrepende-te e Volta Para Trás!…”
Passou um automobilista e mostraram-lhe o cartaz.
O do automóvel deu uma gargalhada, mandou-os à fava e seguiu em frente.
No momento seguinte, ouviu-se um grande estrondo para lá da curva.
Vem um camião, os frades mostram a faixa…
O motorista faz-lhes um gesto obsceno, e continua…
Em seguida, outro estrondo.
Instantes depois outro automóvel.
Ao ver a faixa, o motorista buzina, ri e, continua…
Logo a seguir, outro estrondo.
E um dos frades disse para o outro:
- E se puséssemos antes um cartaz a dizer:
“Atenção! A Ponte caiu!!!
Via A Tasca dos Blogs
26 maio 2007
GRANDE CONFUSÃO
Ontem à noite ouvi o ministro M. Lino na televisão a explicar o que queria dizer de facto, e que foi mal interpretado pela generalidade dos portugueses. Fiquei também a saber que o senhor tem 67 anos, facto que registei.
No respeitante ao seu curso de engenharia e à sua inscrição na respectiva ordem, disse o senhor que não era uma piada ao 1º ministro, mas sim um referência para o bastonário da ordem, que estaria na primeira fila, bem à sua frente. Afinal, o sorriso por ele esboçado quando fez a afirmação, e os sorrisos que se viram na plateia deveram-se à presença do bastonário e ao inocente comentário do ministro.
Quanto à referência ao deserto no sul do Tejo, nas possíveis localizações do futuro aeroporto de Lisboa, não eram para desvalorizar as localidades das redondezas, cujos edis compreende, mas tão só para enfatizar a justeza da escolha que defende por factores económicos e ambientais.
Confesso que o ministro me confundiu. A piada, não a podia admitir, isso ficou compreendido, já quanto ao aeroporto, foi mais uma vez desastrado. O ministro Mário Lino não podia dizer “jamais”, que prefere a Ota porque acima do Tejo há mais actividade económica, pois isso não explica o desmantelamento da Portela. Aliás, não explica nunca a saída da Portela, excepto com o argumento de que está encravada no centro da cidade, o que também acontece um pouco por todo o mundo, transformando o argumento numa banalidade.
A sul do Tejo há muito desemprego e pouca actividade industrial, mas um aeroporto serviria exactamente para potenciar a fixação dos agentes económicos nessa região, contribuindo deste modo para um crescimento mais harmonioso do território. Deixei de fora a actividade turística e a pressão que ela exerce na região sul do país, apenas porque é uma evidência.Não tenho qualquer preferência, mas acho que é faraónico desmantelar a Portela, que pode e deve coexistir com outra infra-estrutura aeroportuária nas redondezas de Lisboa.
Retirado de Zé Povinho
25 maio 2007
24 maio 2007
Pacto
Fiz um pacto com as nuvens
Fiz um pacto com o céu.Não choraríamos ao mesmo tempo,
As nuvens e eu.
Mas o céu quebrou o pacto que comigo havia firmado.
E hoje na rua correm as lágrimas das nuvens e as minhas.
Sujas e tristes.
Lado a lado.
Foto: Geoffroy Demarquet
...
- Então o que deseja para o almocinho?
- Uma sopinha. E depois umas favinhas.
- E trago já uma cervejinha?
- Pode ser. Com este calorzinho...
- Vem já tudo rapidinho.
- Ainda bem. Estou com muita fominha.
Retirado de Corta-Fitas
23 maio 2007
Reflexões horizontais
Me indigno menos
Me insurjo menos,
Cada dia me distancio e acomodo mais,
Neste silêncio confortável e reconfortante
Só interrompido pelo som da televisão,
Só alterado pelo zapping que faço pelos canais.
Lá fora a vida certamente corre apressada,
O trânsito deve continuar caótico,
E as pessoas não desapareceram de repente sem deixar sinais.
Mas… Cada dia me interesso menos
Pelos dias que lá fora são sempre iguais.
Antes revoltava-me e combatia
Indignava-me com a injustiça e a ignomínia
Assinava petições
Ia a manifestações
Ouvia dos outros os problemas, os dilemas e tudo o mais.
Mas… Cada dia me surpreendo menos,
Cada dia me incomodo menos.
Cada dia me distancio e me encerro e me fecho mais.
Retirado de Erotismo na Cidade
O divórcio, segundo o BE
- Boa tarde.
- Faxavor
- Queria divorciar-me.
-Já não a ama?
- Já não.
- Então é só preencher o impresso "Meretíssimo juiz, já não a amo e quero ser livre para poder amar outra vez e assim ser feliz". É tudo?
- Já agora, sabe dizer-me quando é que posso amar outra vez?
- Tem que esperar que a sua ex-mulher receba o duplicado pelo correio. São quatro dias de carência.
- Maldita burocracia.
Retirado de Corta-fitas
22 maio 2007
21 maio 2007
Elogio
Câmara Clara, de Paula Moura Pinheiro. Quase duas horas a falar(bem) de B.D. E a oportunidade de rever o meu saudável favorito, o Luisinho.
Retirado de A natureza do mal
20 maio 2007
Liberdade da blogosfera
"Artigo 1.ºTodos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. (...)
Artigo 3°Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. (...)
Artigo 7°Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual protecção da lei. (...)Artigo 19.°Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão."
"Artigo 2.º (Estado de direito democrático)A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa."
No livre Braganza Mothers, face ao aperto sistémico da censura e conselho de auto-censura que assoma ao poder quando o sistema corrupto está com dificuldades crescentes de sobrevivência, o notável Arrebenta expõe "Dez Prolegómenos para Toda a Blogosfera Futura". Em sequência, criou o blogue homónimo com um decálogo da liberdade da blogosfera, ou até Constituição da Blogosfera, não-programática, no qual recomendo que participem, através de comentário para o seu aperfeiçoamento.
Na verdade, nesta conjuntura só há um caminho possível para os cidadãos activos: resistir ao policiamento e punição da informação e da opinião e denunciar o canto da sereia promíscua da auto-censura.
Mas a luta é violenta: o sistema corrupto sabe que não consegue aguentar-se perante um ambiente de liberdade de informação e opinião. Quando é apertado, estrebucha e tenta castigar de forma violenta: rastreando a informação (já chegaram aos comentários dos blogues!...), identificando infractores da ordem através do acesso ilegal aos servidores nacionais (mails e DNS), interferindo nos sistemas informáticos pessoais, perseguindo os autores da informação e opinião no plano pessoal, familiar e profissional. Aqui, nem sequer há os filtros dos processos mais toscos de países de com limitação oficial da liberdade, denunciados nos estudos (como da Open Net Initiative) sobre a restrição à liberdade de expressão na blogosfera: há a perseguição, directa e indirecta, de quem infringe o silêncio, imposto pela censura e auto-censura dos media tradicionais, sobre a corrupção do sistema.
A gravidade do que se tem passado nos últimos tempos revela uma grande e preocupante similitude com o contra-ataque orquestrado da rede pedófila de controlo do Estado. Recordo-me de que o corajoso Pedro Namora me contou que, nessa altura, num só dia recebeu 23 telefonemas com ameaças de morte directas e à sua família.
Há um comportamento ostensivo de quase-absoluta desvergonha de perseguição e punição das denúncias da corrupção do sistema que não podemos tolerar e devemos combater. Contra o Mal, só há uma resposta: lutar, por palavras e actos, pela cidadania, pela democracia e pela liberdade. Somos portugueses e, por isso, possuímos o gene perfeito e irresistível da liberdade dos homens.
Origem Do Portugal Profundo
19 maio 2007
Enquanto não me decido e de consciência tranquila
Dístico
Eu quero lá saber
se, um dia,
alguém
há-de achar bom,
ou mal,
isto que fiz
e há-de deitar,
ou luz,
ou lama,
sobre o meu nome
esquecido!…
Eu fui,
apenas,
voz que se ergueu
e que falou,
como sabia,
naquilo que entendeu
ser seu dever
dizer-se…
Falei sempre
em voz alta
e de maneira
que todos entendessem
quanto disse
- e quanto era impossível
que dissesse.
Eu nunca pedi nada
que pudesse
fazer grande,
ou pequeno
isto que sou.
Tive sempre
o orgulho de ser
pobre
- pobre sem ser mendigo,
nem farrapo;
pobre de pé,
pobre de mãos no bolso
- nos
meus
bolsos.
Hoje,
mais do que nunca,
nada
peço
- e nada aceito
que não seja meu!
E meu, só tenho
o orgulho de ser pobre
e estes papéis
inúteis
que aqui estão…
Alfredo Reguengo
19 Setembro de 1973
(Poemas da Resistências)
18 maio 2007
17 maio 2007
País de merda
- Farto disto, pá. Os políticos andam todos a roubar. Gatunos do caraças. País de merda, pá. Não há meio de endireitarem isto. A culpa é do povo português, que é estúpido. Cambada de calhaus. Escolhem sempre a mesma corja para mandar, pá.
- Vais votar dia 1?
- Nem penses. Nessa altura já estou na praia com a Maria e os miúdos. Que se lixe esta porra, pá.
- Vais votar dia 1?
- Nem penses. Nessa altura já estou na praia com a Maria e os miúdos. Que se lixe esta porra, pá.
Retirado de corta-fitas
16 maio 2007
15 maio 2007
14 maio 2007
TREZENTOS E VINTE E CINCO
É quanto custa perpetrar um aborto na famosa clínica agora luso-espanhola dos Arcos. Está pronta a usar tal como a lei do dito que entrou plenamente em vigor. Sobre os hospitais públicos que, por vontade popular, legislativa, presidencial e do dr. Correia de Campos, deveriam estar "prontos" para receber as putativas destinatárias do acto, nem uma palavra. Isto é, presume-se que esteja tudo mais ou menos na mesma, como esteve durante mais de vinte anos. Seria porventura em semanas que o Estado ia "criar as condições"? Correia de Campos é quase um milagreiro da Feira da Luz, mas nem tanto. A Clínica dos Arcos, outras como ela, "lojas de um euro" e muitos vãos de escada continuarão a ser o local de desova das mulheres-herdeiras dos modernos haréns de Topkapi espalhados pelas barracas, pelos condomínios de luxo e pelos liceus. O disparate não escolhe idades nem condição social. Bem hajas, "progresso".
Retirado de portugal dos pequeninos
13 maio 2007
12 maio 2007
10 maio 2007
A saída de Blair
Tony Blair anunciou oficialmente a sua saída (que será a 27 de Junho) num discurso de grande qualidade, onde mostrou mais uma vez os seus enormes dotes de orador. Penso que Blair foi um dos melhores primeiros-ministros britânicos do pós-guerra e, certamente, um líder que ficará na história (onde muitos só conseguem acesso às tradicionais notas de rodapé). É ainda cedo para fazer um balanço, mas o Reino Unido é hoje um país mais próspero e influente, sem ter perdido o seu lugar na Europa. Blair também mostrou novos caminhos à esquerda e não é de todo líquido que Gordon Brown, o seu sucessor, não possa vencer as próximas legislativas. Há ainda outro ponto: após dez anos no poder, e apesar das controvérsias (sobretudo o erro do Iraque), o primeiro-ministro britânico deixa o seu país numa situação política sólida, sem divisões insustentáveis ou excessos ideológicos.
Retirado de Corta-fitas
09 maio 2007
08 maio 2007
Madeleine
Se viu esta menina, contacte 282 405 400
If you saw this girl, contact 00 351 282 405 400
Madeleine Beth McCann, com quase 4 anos (nasceu em 12-5-2003),desaparecida do resort The Ocean Club, Praia da Luz em Lagos, Portugal, em 3-5-2007, à noiteMadeleine Beth McCann, almost 4 years old,disappeared from The Ocean Club resort, Praia da Luz, Lagos, Portugal, in the evening of May 3, 2007
Pormenor inconfundível do olho direito de Madeleine McCann (pupila derramada para a íris)
7 Dias, 7 Meses e 7 Anos no Casamento
A comunicação do casal ao longo do seu ciclo de vida, vista com humor (que nos faz muita falta!):
Casado há 7 dias: Ficas linda nesse vestido.
Casado há 7 meses: Outro vestido novo?
Casado há 7 anos: Quanto CUSTA?
Casado há 7 dias: Querida, trouxe o teu filme preferido.
Casado há 7 meses: Tens a certeza que queres ver esse filme?
Casado há 7 anos: Nem penses! Hoje dá futebol!
Casado há 7 dias: Querida, a tua mãe está ao telefone.
Casado há 7 meses: É para ti!
Casado há 7 anos: Telefoooone!
Casado há 7 dias: Amo-te.
Casado há 7 meses: Claro que te amo!
Casado há 7 anos: Se não te amasse achas que casava contigo?
Todos nós reconhecemos com humor estas diferenças, caricaturadas mas não tão longe do real… E faz-nos bem rir, mas como estamos perante um blog de ideias de psicologia “às pinguinhas” depois dos sorrisos, poderemos discutir (sem deixar de rir, pois neste blog somos flexíveis), o que acontece nos casais para que a comunicação se altere ao longo da vida em comum.
Nota para não ferir susceptibilidades: O facto do diálogo estar no género masculino foi puro acaso, o e-mail que me enviaram não continha o género feminino!Está aberta a discussão…
Retirado de Salpicos
Madeiiiiiiira!!!
Ideia tirada do blog do Capitão Merda, vale a pena visitar, ele explica melhor!
Retirado de CARTOONICES
07 maio 2007
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