Por norma, não comento programas de televisão, especialmente reality shows. Não comentei a anormalidade de “A Bela e o Mestre” nem outros que tais.
No entanto, depois de ler esta notícia, não posso não comentar dado que foram ultrapassados todos os limites.
Neste reality show, em último caso, decide-se quem vive e quem morre. Manipula-se sem qualquer tipo de escrúpulos as emoções humanas e põe-se três pessoas desesperadas numa situação que pensam ser a única possível. Não olham aos meios para alcançar os fins: audiências, muitas audiências. Dinheiro, muito dinheiro.
É um formato pérfido e menospreza todos os critérios éticos. Não percebo como é que um programa destes chega sequer a ser imaginado, quanto mais a ser posto em prática. Melhor: percebo, mas não aceito.
Como sempre, o ser humana tem necessidade de justificar as suas acções. O caso não é diferente. Diz o director da BNN que o programa “servirá para chamar a atenção para a falta de órgãos para doação na Holanda e defende que as probabilidades de os doentes receberem um rim num reality show "é maior" que no sistema de saúde.” Onde parará a hipocrisia?
Amanhã decide-se em directo quem vive e quem morre.
Amanhã decide-se em directo quem vive e quem morre.
Via Janelar
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