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Ainda há uns dias li um aqui colocado pelo Pedro Silva do blog, “Armadilhas para ursos conformistas” de que gostei e soube que tinha de publicar. O meu obrigado pelo texto.
Somos vítimas de uma mistificação nacional.
Foi "decidido" internacionalmente e ajudados pelo sentimento de inferioridade, desejo de agradar, e temor reverencial dos políticos portugueses - da actual classe política - que deveria Portugal aceitar ser pobre, ser um país de "serviços",um país de turismo, um país de mão de obra apenas qualificada para esses sectores.
Os políticos portugueses - aquilo a que se chama "a elite", decidiu trair.
Trair é o nome do jogo.
Como tal está a desmantelar todas as áreas que impliquem gasto de dinheiro a formar pessoas extremamente qualificadas em áreas que não estas acima.
Pelo meio, os sectores destas áreas a transformar serão, nalguns casulos, retirados da concorrência internacional e "oferecidos" aos privados portugueses para que estes continuem a produzir mau serviço, mas com lucros altos garantidos e quotas de mercado asseguradas.
Uma falsa concorrência.
Esta estratégia pressupõe - logo à cabeça - que 2 milhões de portugueses são dispensáveis, e que mais 6 sejam extremamente pobres mesmo vivendo em Portugal.
1,5 Milhões viverá extremamente bem e dirá que a culpa dos pobres é de serem pobres - a culpa é deles e 3,5 viverão num novo patamar de classe média, pobres mas que lutarão para manter esse estatuto de pobreza disfarçada.
É por isso que o ano passado saíram 100 mil pessoas deste tugúrio e ninguém se importou minimamente com isso.
Quando isto estoirar o mesmo grupo de palhaços que agora defende isto e defende privatizações e liberalização da economia, mudará de discurso (vide P. Portas já a começar...) e passará a preocupar-se muito com "o social" e a solidariedade.
Entretanto esta merda fica toda fodida. E não restará pedra sobre pedra.
Pelo meio temos os sindicatos.
Representam aquilo que Eça Queiroz dizia que os monges e os frades representavam no século XIX.
Dão colorido à paisagem. Um tom pitoresco.
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