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26 maio 2007

GRANDE CONFUSÃO

Ontem à noite ouvi o ministro M. Lino na televisão a explicar o que queria dizer de facto, e que foi mal interpretado pela generalidade dos portugueses. Fiquei também a saber que o senhor tem 67 anos, facto que registei.
No respeitante ao seu curso de engenharia e à sua inscrição na respectiva ordem, disse o senhor que não era uma piada ao 1º ministro, mas sim um referência para o bastonário da ordem, que estaria na primeira fila, bem à sua frente. Afinal, o sorriso por ele esboçado quando fez a afirmação, e os sorrisos que se viram na plateia deveram-se à presença do bastonário e ao inocente comentário do ministro.
Quanto à referência ao deserto no sul do Tejo, nas possíveis localizações do futuro aeroporto de Lisboa, não eram para desvalorizar as localidades das redondezas, cujos edis compreende, mas tão só para enfatizar a justeza da escolha que defende por factores económicos e ambientais.
Confesso que o ministro me confundiu. A piada, não a podia admitir, isso ficou compreendido, já quanto ao aeroporto, foi mais uma vez desastrado. O ministro Mário Lino não podia dizer “jamais”, que prefere a Ota porque acima do Tejo há mais actividade económica, pois isso não explica o desmantelamento da Portela. Aliás, não explica nunca a saída da Portela, excepto com o argumento de que está encravada no centro da cidade, o que também acontece um pouco por todo o mundo, transformando o argumento numa banalidade.
A sul do Tejo há muito desemprego e pouca actividade industrial, mas um aeroporto serviria exactamente para potenciar a fixação dos agentes económicos nessa região, contribuindo deste modo para um crescimento mais harmonioso do território. Deixei de fora a actividade turística e a pressão que ela exerce na região sul do país, apenas porque é uma evidência.Não tenho qualquer preferência, mas acho que é faraónico desmantelar a Portela, que pode e deve coexistir com outra infra-estrutura aeroportuária nas redondezas de Lisboa.




Retirado de Zé Povinho

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