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05 novembro 2008

Presidente Barack Obama


Um homem digno derrotou outro homem não digno, numa das mais emocionantes campanhas eleitorais de sempre. Barack Obama, o filho de um imigrante do Quénia, ascende ao mais elevado cargo político do planeta numa prova viva do que é o sonho americano: quem vem do nada pode ambicionar tudo. Em nenhum dos países europeus que gostam de dar lições de moral e de correcção política aos Estados Unidos uma eleição destas teria sido possível. Boa sorte Obama...

4 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro, acho que existe algum exagero não só em classificar McCain como um homem não digno, como em asseverar que na Europa Obama não teria sido eleito.
Permito-me recordar que já por cá se elegeram cidadãos de todas as cores e feitios e se têm e tiveram eleitos e ministros e não só de tudo quanto é minoria étnica.

E mais assevero. Obama, tivesse ele sido candidato noutro tempo, sem ser depois de Bush, a ver se era eleito!

Pinto disse...

Em resposta:

Sim McCain é um homem não digno...

Mas ninguém disse que Barack Obama não seria eleito, caso as eleições fossem em algum país da Europa..,

O que disse e passo a citar:
"Em nenhum dos países europeus que gostam de dar lições de moral e de correcção política aos Estados Unidos uma eleição destas teria sido possível." O que eu quero dizer com isto, é que na Europa TERIA SIDO DIFERENTE. Ou seja o McCain teria sido posto logo na "lama", se é que me faço entender claro.....

E ainda nunca teria desejado/dito "BOA SORTE OBAMA"..

Porque caso não te tenhas apercebido eu "sou apoiante", de Barack Obama, eu apoio-o incondicionalmente..

Por isso nada do que disse é contra ele, mas sim tudo a favor.

Anónimo disse...

Não tenho por hábito regressar aos textos que comentei, mas este caso é merece que lhe apresente uma réplica.

Sem ser paternalista, gostaria de lhe asseverar que os meus 44 anos de idade não são significado de senilidade precoce, nem que o meu português é de tal forma deficiente que não saiba não só interpretar o que leio, como perceber que, no seu caso, apoia incondicionalmente Barack Obama.

Faz muito bem e está no seu direito. Aliás, e só para desfazer dúvidas, se eu fosse norte-americano teria votado nele.

Terá de convir que os juízos de valor sobre as pessoas são sempre relativos, especialmente quando se tocam em áreas tão sensíveis como as da política em que se misturam análises pessoais com análises das práticas.

Sobre John McCain, e a não ser que esteja na posse de dados que eu desconheço, posso asseverar que há cerca de três anos atrás Joe Biden (o Vice-Presidente eleito) considerava que o senador John McCain seria um excelente candidato presidencial ... Democrata!

Leu bem e nem eu estou a inventar.
E se assim é ...

Depois, McCain não pode ser confundido com as alas mais radicais, conservadoras e creacionistas que campeiam nos Elefantes, sendo que a própria Sarah Palin foi o preço que ele teve de pagar a esses sectores.

Finalizo, dizendo que um discurso como o que ele fez na noite da derrota só pode provir de um homem digno.

Quanto ao tratamento de "lama" europeu, isso não abona em favor da nossa Comunicação Social, em primeiro lugar, e da nossa classe política.
Não quer é tal dizer que nos EUA tudo seja jogo limpo ... basta ver a FOX NEWS, por exemplo, ou as campanhas pagas por grupos de eleitores ...

Anónimo disse...

Tenho muito comentário a fazer sobre isto tudo.
Primeiro não considero o McCain indigno, antes pelo contrário, o discurso que fez de aceitação da derrota foi dos melhores discursos deste tipo que ouvi.
Depois a nódoa no pano do McCain foi nitidamente a Sara Palin. Foi, como o Ferreira Pinto sugeriu o sapo que o McCain teve de engolir para ter apio mais ou menos efectivo do Partido Repúblicano.
Quanto ao Obama acho que não vai mudar nada e que vai haver uma grande desilusão no Mundo.
Deve-se também notar que, a favor do McCain, este foi, de entre todos os candidatos ou pré candidatos, o que invocou menos o nome de Deus, Obama, Hillary Clinton e praticamente todos os outros fartaram-se de sublinhar o quão religiosos eram.
Quanto à Europa acho que não irá ter nenhum Obama. Apesar de em Portugal e mesmo noutros países já ter havido presidentes de Câmara e outros não brancos, acho que nenhum país europeu elegeria um chefe de estado não branco.
Quanto à eleição americana e se eu fosse americano, não votaria nem em Obama nem em McCain, votaria no Ralph Nader que também era candidato e que foi totalmente ignorado pela Comunicação Social.