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29 junho 2007
IMAGEM DO DIA
«Mitad cebra, mitad caballo. El cebroide Eclyse en el parque safari de Schloss Holte-Stukenbrock, Alemania. Es el resultado de un cruce de caballo y cebra.» [20 Minutos]
Via O Jumento
Via O Jumento
28 junho 2007
E esta?
Estavam um inglês, um alemão e um português num café quando o inglêsdiz aos outros:
- Esse que aí entrou é igualzinho ao Jesus Cristo
- Pois, pois - dizem os outros.
- Estou-vos a dizer. A barba, a túnica …
O inglês levanta-se, dirige-se ao homem e pergunta:
- Tu és Jesus Cristo, não é verdade ?
- Eu ? Que ideia !
- Eu acho que sim. Tu és Jesus Cristo.
- Já disse que não. Mas fala mais baixo.
- Eu sei que tu és Jesus Cristo
Tanto insiste que o homem lhe diz baixinho:
- Sou efectivamente Jesus Cristo mas fala baixo e não digas a ninguém senão isto fica aqui um pandemónio.
- Fiz uma lesão no joelho em pequeno. Cura-me.
- Milagres não. Tu vais contar aos teus amigos e eu passo a tarde a fazer milagres.
O inglês tanto insiste que Jesus Cristo põe-lhe a mão sobre ojoelho e cura-o
- Obrigado. Ficarei eternamente grato -agradece emocionado, o inglês.
- Sim, sim. Não grites e vai-te embora. Não contes a ninguém.
O inglês, mal chegou à mesa, contou aos amigos. O alemãolevantou-se logo e dirigiu-se a ele.
- O meu amigo disse-me que eras Jesus Cristo e que o curaste.Tenho um olho de vidro. Cura-me.
- Não sou nada Jesus Cristo. Fala baixo.
O alemão tanto insistiu que Jesus Cristo passou-lhe a mão pelosolhos e curou-o.
- Vai-te agora embora e não contes a ninguém.
Mas Jesus Cristo bem o viu a contar a história aos amigos e ficou à espera de ver o português ir ter com ele.
O tempo foi passando e nada. Mordido pela curiosidade dirigiu-se à mesa dos três amigos e, pondo a mão sobre oombro do português, começou a perguntar:
- E tu, não queres que …
O português levanta-se de um salto, afastando-se dele:
- Eh, tira as mãozinhas que eu estou de Baixa !!!
Via CARTOONICES
- Esse que aí entrou é igualzinho ao Jesus Cristo
- Pois, pois - dizem os outros.
- Estou-vos a dizer. A barba, a túnica …
O inglês levanta-se, dirige-se ao homem e pergunta:
- Tu és Jesus Cristo, não é verdade ?
- Eu ? Que ideia !
- Eu acho que sim. Tu és Jesus Cristo.
- Já disse que não. Mas fala mais baixo.
- Eu sei que tu és Jesus Cristo
Tanto insiste que o homem lhe diz baixinho:
- Sou efectivamente Jesus Cristo mas fala baixo e não digas a ninguém senão isto fica aqui um pandemónio.
- Fiz uma lesão no joelho em pequeno. Cura-me.
- Milagres não. Tu vais contar aos teus amigos e eu passo a tarde a fazer milagres.
O inglês tanto insiste que Jesus Cristo põe-lhe a mão sobre ojoelho e cura-o
- Obrigado. Ficarei eternamente grato -agradece emocionado, o inglês.
- Sim, sim. Não grites e vai-te embora. Não contes a ninguém.
O inglês, mal chegou à mesa, contou aos amigos. O alemãolevantou-se logo e dirigiu-se a ele.
- O meu amigo disse-me que eras Jesus Cristo e que o curaste.Tenho um olho de vidro. Cura-me.
- Não sou nada Jesus Cristo. Fala baixo.
O alemão tanto insistiu que Jesus Cristo passou-lhe a mão pelosolhos e curou-o.
- Vai-te agora embora e não contes a ninguém.
Mas Jesus Cristo bem o viu a contar a história aos amigos e ficou à espera de ver o português ir ter com ele.
O tempo foi passando e nada. Mordido pela curiosidade dirigiu-se à mesa dos três amigos e, pondo a mão sobre oombro do português, começou a perguntar:
- E tu, não queres que …
O português levanta-se de um salto, afastando-se dele:
- Eh, tira as mãozinhas que eu estou de Baixa !!!
Via CARTOONICES
27 junho 2007
25 junho 2007
24 junho 2007
21 junho 2007
Carta de Direitos dos Bloggers
Julgo que será do interesse de todos contribuir, em http://blogosferafutura.blogspot.com/
Carta de Direitos dos Bloggers
Art. 1º
Definição do Objecto
a) Entenda-se por "blogue" uma página na Internet que é um meio de expressão e comunicação. O carácter e a forma dos conteúdos nele veículados estão à inteira responsabilidade do utilizador ou grupo de utilizadores pelos quais foi criado e aos quais pertence, exclusivamente.
b) Para efeitos do presente documento, entenda-se por "blogger" todo e qualquer cidadão ou indivíduo sob a alçada da legislação portuguesa que crie ou publique conteúdos num "blogue".
c) Os blogues são, exclusivamente, espaços de opinião e livre-expressão, independentemente da forma que assumam ou dos conteúdos neles publicados.
Art. 2º
Direitos e Garantias
a) Todo e qualquer cidadão tem o direito de expressar a sua opinião num "blogue", respeitando o art. 19º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, onde se lê: "Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão".
b) Os "blogues" estão sujeitos, exclusivamente, à regulamentação dos servidores de Internet onde são criados, e nenhuma outra regulamentação lhes pode ser aplicável, em caso algum.
c) Como meio de expressão do cidadão, a existência de todo e qualquer "blogue" deve ser encarada como uma forma de respeitar o art. 2º da Constituição da República Portuguesa, onde se lê: "A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa."
d) Todo e qualquer conteúdo publicado num "blogue" deve ser encarado como como a livre expressão da opinião, materializada na "realização de democracia económica, social e cultural".
e) Os presentes direitos aplicam-se aos redactores, colaboradores, leitores e comentadores que de alguma forma contribuam num "blogue".
Art. 3º
Obrigações
a) As alíneas presentes nesta Carta de Direitos possuem um carácter inalienável, e obrigam o Estado Português, assim como todas as entidades, públicas e privadas, ao seu reconhecimento e respeito.
Muito obrigado (e pede-se aos juristas, também, para participar activamente).
Um Comentário de Braganza Mothers em Do Portugal Profundo
Carta de Direitos dos Bloggers
Art. 1º
Definição do Objecto
a) Entenda-se por "blogue" uma página na Internet que é um meio de expressão e comunicação. O carácter e a forma dos conteúdos nele veículados estão à inteira responsabilidade do utilizador ou grupo de utilizadores pelos quais foi criado e aos quais pertence, exclusivamente.
b) Para efeitos do presente documento, entenda-se por "blogger" todo e qualquer cidadão ou indivíduo sob a alçada da legislação portuguesa que crie ou publique conteúdos num "blogue".
c) Os blogues são, exclusivamente, espaços de opinião e livre-expressão, independentemente da forma que assumam ou dos conteúdos neles publicados.
Art. 2º
Direitos e Garantias
a) Todo e qualquer cidadão tem o direito de expressar a sua opinião num "blogue", respeitando o art. 19º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, onde se lê: "Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão".
b) Os "blogues" estão sujeitos, exclusivamente, à regulamentação dos servidores de Internet onde são criados, e nenhuma outra regulamentação lhes pode ser aplicável, em caso algum.
c) Como meio de expressão do cidadão, a existência de todo e qualquer "blogue" deve ser encarada como uma forma de respeitar o art. 2º da Constituição da República Portuguesa, onde se lê: "A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa."
d) Todo e qualquer conteúdo publicado num "blogue" deve ser encarado como como a livre expressão da opinião, materializada na "realização de democracia económica, social e cultural".
e) Os presentes direitos aplicam-se aos redactores, colaboradores, leitores e comentadores que de alguma forma contribuam num "blogue".
Art. 3º
Obrigações
a) As alíneas presentes nesta Carta de Direitos possuem um carácter inalienável, e obrigam o Estado Português, assim como todas as entidades, públicas e privadas, ao seu reconhecimento e respeito.
Muito obrigado (e pede-se aos juristas, também, para participar activamente).
Um Comentário de Braganza Mothers em Do Portugal Profundo
Pela liberdade de expressão. Contra a prepotência do poder do governo Sócrates
O blog Do Portugal Profundo está agora na mira da justiça que tem mostrado estar do lado dos que detém o poder. Caso contrário não seria arguido mas testemunha de acusação.
Com o que está a acontecer ao Do Portugal Profundo temos a conclusão do que já todos sabíamos, NESTE PAÍS NÃO EXISTE LIBERDADE DE EXPRESSÃO COM A MERDA DESTE GOVERNO HIPÓCRITA, ONDE ESTÁ A NOSSA LIBERDADE DE EXPRESSÃO ESSES FILHOS DA PUTA PENSAM QUE FAZEM O QUE QUEREM.
20 junho 2007
Frase da semana
“Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos”.
GMaciel
Via CARTOONICES
GMaciel
Via CARTOONICES
19 junho 2007
18 junho 2007
17 junho 2007
Anões
Um grupo de anões resolve jogar futebol no domingo e alugam um campo. Formadas as equipas, cada um pega no seu equipamento, quando reparam que ocampo de futebol não tem balneário. Resolvem então perguntar ao dono de uma tasca ao lado se podem utilizar a casa de banho para trocar de roupa.
O dono diz que não há problema nenhum, e lá vão eles. Entram todos na tasca, vão até à casa de banho, vestem-se e começam a sairda casa de banho.Um bêbado, que estava sentado ao balcão, vê passar por ele a equipa de azul.
Estranha, mas continua a beber.
Quando, ao fim de pouco tempo, vê passar a equipa de vermelho, vira-se parao dono do bar e diz:
Estranha, mas continua a beber.
Quando, ao fim de pouco tempo, vê passar a equipa de vermelho, vira-se parao dono do bar e diz:
- Eu não me quero meter… mas os teus matrecos estão a dar à sola…
16 junho 2007
Ás portas do céu
Chegou às portas do céu um negrão, todo vestido de fato branco, impecavelmente calçado e penteado…
São Pedro perguntou:
- Faça favor, quem é o Sr.?
- Leonardo di Caprio - respondeu o negrão.
São Pedro olhou bem para ele, consultou a lista dos contemplados para entrar no Paraíso. Voltou a consultar a lista e disse:
- Não se importa de repetir o seu nome, por favor?
O negrão, todo empertigado, repete:
- Leonardo di Caprio.
São Pedro volta a consultar a lista… e pedindo licença vai consultar o Chefe. Já nos aposentos de Deus:
- Senhor, tenho aqui um problemita.
- Diga Pedro, qual é a sua dúvida? Perguntou Deus.
- Só para eu confirmar… O Titanic afundou-se ou ardeu?
Via CARTOONICES
São Pedro perguntou:
- Faça favor, quem é o Sr.?
- Leonardo di Caprio - respondeu o negrão.
São Pedro olhou bem para ele, consultou a lista dos contemplados para entrar no Paraíso. Voltou a consultar a lista e disse:
- Não se importa de repetir o seu nome, por favor?
O negrão, todo empertigado, repete:
- Leonardo di Caprio.
São Pedro volta a consultar a lista… e pedindo licença vai consultar o Chefe. Já nos aposentos de Deus:
- Senhor, tenho aqui um problemita.
- Diga Pedro, qual é a sua dúvida? Perguntou Deus.
- Só para eu confirmar… O Titanic afundou-se ou ardeu?
Via CARTOONICES
15 junho 2007
Carta de mãe alentejana
Mê querido filho
Ponho-te estas poucas linhas para saberes que estou viva .
Escrevo devagar por que sei que não gostas de ler depressa.
Se receberes esta carta, é porque chegou.
Se ela não chegar, avisa-me que eu mando-te outra.
Tê pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorrem a 1 km de casa.
Assim, mudámo-nos para mais longe.
Sobre o casaco que querias, o tê tio disse que seria muito caro mandar-to pelo correio por causa dos botões de ferro que pesam muito. Assim arranquei os botões e puse-os no bolso. Quando chegar aí, prega-OS de novo.
No outro dia, houve uma explosão na botija de gás aqui na cozinha.
O pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção: foi a primeira vez em muitos anos que o tê pai e eu saímos juntos.
Sobre o nosso cão, o Joli, anteontem foi atropelado e tiveram de lhe cortar o rabo, por isso toma cuidado quando atravessares a rua.
Na semana passada, o médico veio visitar-me e colocou na minha boca um tubo de vidro. Disse para ficar com ele por duas horas sem falar. O teu Pai ofereceu-se para comprar o tubo.
Tua irmã Maria vai ser mãe, mas ainda não sabemos se é menino ou menina, portanto não sei se vais ser tio ou tia.
O teu irmão António deu-me muito trabalho hoje. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive que ir a casa, pegar a suplente para a abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava em baixo.
Se vires a Dona Esmeralda, diz-lhe que mando lembranças. Se não a vires, não digas nada.
Tua Mãe
Catarina
PS: Era para te mandar os 100 euros que me pediste, mas quando me
lembrei já tinha fechado o envelope….
Via CARTOONICES
Ponho-te estas poucas linhas para saberes que estou viva .
Escrevo devagar por que sei que não gostas de ler depressa.
Se receberes esta carta, é porque chegou.
Se ela não chegar, avisa-me que eu mando-te outra.
Tê pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorrem a 1 km de casa.
Assim, mudámo-nos para mais longe.
Sobre o casaco que querias, o tê tio disse que seria muito caro mandar-to pelo correio por causa dos botões de ferro que pesam muito. Assim arranquei os botões e puse-os no bolso. Quando chegar aí, prega-OS de novo.
No outro dia, houve uma explosão na botija de gás aqui na cozinha.
O pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção: foi a primeira vez em muitos anos que o tê pai e eu saímos juntos.
Sobre o nosso cão, o Joli, anteontem foi atropelado e tiveram de lhe cortar o rabo, por isso toma cuidado quando atravessares a rua.
Na semana passada, o médico veio visitar-me e colocou na minha boca um tubo de vidro. Disse para ficar com ele por duas horas sem falar. O teu Pai ofereceu-se para comprar o tubo.
Tua irmã Maria vai ser mãe, mas ainda não sabemos se é menino ou menina, portanto não sei se vais ser tio ou tia.
O teu irmão António deu-me muito trabalho hoje. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive que ir a casa, pegar a suplente para a abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava em baixo.
Se vires a Dona Esmeralda, diz-lhe que mando lembranças. Se não a vires, não digas nada.
Tua Mãe
Catarina
PS: Era para te mandar os 100 euros que me pediste, mas quando me
lembrei já tinha fechado o envelope….
Via CARTOONICES
Horrores
«Frize procura os 7 Horrores de Portugal». A ideia, segundo o director da divisão de Águas da Compal, Fernando Oliveira, é que os portugueses "mostrem o que mudariam já amanhã se pudessem mesmo mandar ou se fossem riquíssimos: os mamarrachos que mandariam abaixo, as atitudes que puniriam com prisão perpétua, os atentados ao bom gosto, no fundo aquilo que não podem destruir só porque são sempre ‘os outros' que mandam." Meios e Publicidade. Eu, se fosse riquíssimo, deixa cá pensar...hmm...não! Assim de repente não me ocorre. Vou pensar e logo digo.
14 junho 2007
O Governo não ...
1 - O Governo não mente, aquilo que diz é aquilo que sente.
2 - O Governo não admite a bufaria, a isso reage com ironia.
3 - O Governo não trai os princípios socialistas, tem outra gente nas listas.
4 - O Governo não aumenta os impostos, os cálculos foram compostos.
5 - O Governo não despreza a oposição, está é farto da sua contestação.
6 - O Governo não abusa da maioria, tudo o que fazem é em parceria.
7 - O Governo não fecha as maternidades, estão dentro das grandes cidades.
8 - O Governo não alterou as reformas, o cálculo é com base noutras normas.
9 - O Governo não engana os eleitores, isso é campanha dos professores.
Via Os Infiltrados
2 - O Governo não admite a bufaria, a isso reage com ironia.
3 - O Governo não trai os princípios socialistas, tem outra gente nas listas.
4 - O Governo não aumenta os impostos, os cálculos foram compostos.
5 - O Governo não despreza a oposição, está é farto da sua contestação.
6 - O Governo não abusa da maioria, tudo o que fazem é em parceria.
7 - O Governo não fecha as maternidades, estão dentro das grandes cidades.
8 - O Governo não alterou as reformas, o cálculo é com base noutras normas.
9 - O Governo não engana os eleitores, isso é campanha dos professores.
Via Os Infiltrados
Menino Guerreiro (part II)
Quadra em manjerico, distribuída por José Sá Fernandes nas marchas de Santo António:
"A Bragaparques assentou
em Lisboa os arraiais
Mas Sá Fernandes denunciou
os seus negócios ilegais
Cada um sacava o seu,
Era um fartar vilanagem
Ninguém dobrou ou venceu
O vereador da coragem"
via Público.
"A Bragaparques assentou
em Lisboa os arraiais
Mas Sá Fernandes denunciou
os seus negócios ilegais
Cada um sacava o seu,
Era um fartar vilanagem
Ninguém dobrou ou venceu
O vereador da coragem"
via Público.
13 junho 2007
Que grande manjerico
Recebido por email
Todos os livros do catálogo da Editorial 100 estão à venda no El Corte Inglés, de Lisboa e Gaia. Quem quiser adquirir algum destes livros, mas que não se encontre numa destas localidades (ou perto) pode fazê-lo enviando um e-mail para o editor: diego@editorial100.pt
Boas leituras!
Homenagem
Fernando Pessoa
Lisboa, 13 de Junho de 1888
Gostara realmente,
De sentir com uma alma só
Não ser eu só gente De muitos, mete-me dó. Não ter lar, vá. Não ter calma Está bem, nem ter pertencer. Mas eu, de ter tanta alma, Nem minha alma chego a ter. Via Geração Rasca12 junho 2007
ANEDOTA
- Três cafés? - pergunta, atónito, o empregado.
- Sim, um para mim, outro para ti e outro prá p*ta da tua mãe!!!
No dia seguinte, o mesmo bebedolas repete o mesmo pedido, no mesmo café e ao mesmo empregado:
- Três cafés…
- Três?…
- Sim .. TRÊS … um para mim, outro para ti e outro prá p*ta da tua mãe.
Desta vez o empregado “passou-se”, saiu do balcão, agarrou no bebedolas e deu-lhe uma sova e pêras!
No dia seguinte, todo entrapado, o bebedolas vai na mesma ao café, dirige-se ao balcão e o empregado com um sorrisinho cínico pergunta-lhe:
- Então, três cafézinhos, não é verdade?….
- Não - Responde o bebedolas - Só dois: um para mim e outro prá p*ta da tua mãe! Para ti não, porque o café altera-te o sistema nervoso…
Via CARTOONICES
PRATOS DO DIA
- Pinto da Costa acusado de corrupção desportiva. Será que não vai acabar por processar novamente o estado e o ZéTuga é que paga.
- Professor de Tarouca em prisão preventiva. É só porcos.
- Opção por Alcochete implica mexer no TGV. Qual TGV. Temos TGV? Não sabia? Bem, nem um nem outro deveriam ser feitos agora.
- STCP contrai empréstimo de 100 milhões. Só? Eu pedia mais para um carrito e uma casa!?!
- Notas anteriores contam para progressão em 2008. Portem-se bem, meninos!
- Portugal é quem mais contribui para orçamento da EU. Pois é só pagar multas.
- Mais de 100 mil portugueses vivem em Espanha. E com tendência para aumentar.
- Sudão aceita «força híbrida» União Africana-ONU em Darfur. Pode ser que se comece a poder entrar no Darfur. Porque não se pode mesmo entrar no Darfur, não deixam.
- Revista Rolling Stone vai ser impressa em papel «ecológico». Excelente! Acho que todas as revistas e jornais devem seguir o exemplo.
- Uwe Kropinski no Festival de Guitarra de Santo Tirso. Espero conseguir ver.
- Intel vai baixar preços de alguns processadores em 50%. Que bom!
- Portal de fotos Flickr já está disponível em português. Fixe!
- Apple lança navegador de Internet compatível com Windows. Interessante.- Primeiro álbum dos Pink Floyd reeditado. Vou comprar.
Via Cuaoléu
- Professor de Tarouca em prisão preventiva. É só porcos.
- Opção por Alcochete implica mexer no TGV. Qual TGV. Temos TGV? Não sabia? Bem, nem um nem outro deveriam ser feitos agora.
- STCP contrai empréstimo de 100 milhões. Só? Eu pedia mais para um carrito e uma casa!?!
- Notas anteriores contam para progressão em 2008. Portem-se bem, meninos!
- Portugal é quem mais contribui para orçamento da EU. Pois é só pagar multas.
- Mais de 100 mil portugueses vivem em Espanha. E com tendência para aumentar.
- Sudão aceita «força híbrida» União Africana-ONU em Darfur. Pode ser que se comece a poder entrar no Darfur. Porque não se pode mesmo entrar no Darfur, não deixam.
- Revista Rolling Stone vai ser impressa em papel «ecológico». Excelente! Acho que todas as revistas e jornais devem seguir o exemplo.
- Uwe Kropinski no Festival de Guitarra de Santo Tirso. Espero conseguir ver.
- Intel vai baixar preços de alguns processadores em 50%. Que bom!
- Portal de fotos Flickr já está disponível em português. Fixe!
- Apple lança navegador de Internet compatível com Windows. Interessante.- Primeiro álbum dos Pink Floyd reeditado. Vou comprar.
Via Cuaoléu
Típicamente
Sendo o português típico confrontado com a questão: "Que escolher se o orçamento familiar apenas permitir entre arranjar os dentes da familia inteira ou comprar o último modelo da Nokia", a resposta mais comum seria "Quantos mega pixel tem a câmara fotográfica?".
Aposto!...
Aposto!...
Via Cerveja Fresca
Manuscritos - Anos 70
Prontos cambada, acabou! E daí não sei, tenho um que não sei se hei-de publicar…Porco!?
Via CARTOONICES
Via CARTOONICES
11 junho 2007
Aeroporto Cravinho-Lino - resumo do dia (so far)
1. Não concordo (nada) com o que afirma o Carlos Loureiro - mas, por enquanto, não é o momento de discutir os aspectos políticos em si;
2. A atitude hoje tomada por Mário Lino parte de um pressuposto completamente errado: só se vai estudar uma alternativa ao compromisso-pessoal-Ota, i.e. Alcochete;
3. Ou seja, não por acaso, deixa-se de fora a alternativa Portela + 1 ou qualquer outra das muitas localizações possíveis;
4. No estado actual da questão parece-me manifestamente insuficiente e pouco apropriado que a entidade que vai estudar a solitária alternativa seja o LNEC;
5. Uma entidade administrativa que depende do ministro do compromisso-pessoal-Ota não me oferece qualquer garantia de imparcialidade - tinha de ser uma entidade independente;
6. Convirá não esquecer que o factor engenharia/obras públicas é apenas um de entre vários e nem sequer o mais importante (que será o financeiro) - a escolha da localização do aeroporto é essencialmente política sendo, porém, suportada em razões de índole bastante variada.
Via Blasfémias
Políticas de natalidade
Ciclicamente alguém repara que a população portuguesa esta a envelhecer e refere a necessidade de serem adoptadas políticas de natalidade, ainda recentemente o Presidente da República fez uma referência ao tema. Trata-se de uma evidência preocupante que tenderá a ser cada vez maior pois a tendência para esse envelhecimento da população tem vindo a acentuar-se, não só cada vez as famílias são menos numerosas como o primeiro filho nasce cada vez mais tarde.
A questão que se coloca é saber que medidas podem ser adoptadas para promover a natalidade, problema que não será fácil de resolver pois muitas dessas medidas não dão grandes ganhos eleitorais, para o perceber basta olhar para o discurso dos candidatos à CM de Lisboa? Desde que foi decidida a realização de eleições intercalares os candidatos desdobram-se em visitas a velhinhos, no caso do candidato do PSD percebe-se mesmo que tudo faz para evitar uma pesada derrota com os votos dos mais idosos.
Investir num lar de idosos é mais rentável eleitoralmente do que melhorar os equipamentos de uma escola primária, gastar os recursos em túneis ou em parques de estacionamento permite obter maiores financiamentos partidários do que construir equipamentos para os mais jovens. A ternura dos políticos vai para os “velhinhos” que votam e o dinheiro vai para grandes obras públicas que dão mais lucro.
Há quem defenda reduções de impostos para famílias numerosas como reivindica uma associação formada por bons cristãos que mas não me parece que o problema da natalidade se resolva por benefícios fiscais para famílias numerosas, até porque uma boa parte das famílias numerosas ou resultam do mecanismo do rendimento mínimo ou são bons cristãos bem instalados na vida que podem colocar os filhos nos colégios da Opus Dei.
Lisboa é um bom exemplo do que se pode fazer pois tem-se assistido nas últimas décadas ao envelhecimento da população ao mesmo tempo que os mais jovens são expulsos da cidade para os concelhos vizinhos. A classe média que mais contribui com impostos é impedida de beneficiar das infra-estuturas públicas, a consulta implica uma via sacra burocrática, a escola não oferece nem horários nem garantias de qualidade e as infra-estruturas de lazer ou não existem ou são convertidas em espaços privativos para concertos de rock.
Para promover a natalidade são necessárias políticas corajosas e digo corajosas porque essas políticas não trazem grandes benefícios eleitorais. Sucede com a questão da natalidade o mesmo que com outros grandes problemas sociais, tudo o que não contribui com votos na próximas eleições, seja votos ou dinheiro para os obter, não merece a atenção da nossa “elite” política.
Via Jumento
MASOQUISMO DESTEMPERADO
Isto era impensável,
que a pluralidade mais alta se vertesse em crise e ruptura,
por melhor sinal que represente crise e ruptura.
Que o desassombro, a ousadia extremada,
a mais inesperada pedrada na charqueira lusa,
se transformasse na nuvem que se toma por Juno,
e obstaculizasse o que era uno.
A palavra que se mede,
a coragem que se regra,
a pudicícia que se flana,
a santidade de que se ufana alguém
pode conspurcar tudo à volta de limpo e oco.
Por mim, abraço o que estiver arrebenta antipodalmente
longe de esta merda: o bananasmente país,
esta paralisia de podre.
Via Braganza Mothers
que a pluralidade mais alta se vertesse em crise e ruptura,
por melhor sinal que represente crise e ruptura.
Que o desassombro, a ousadia extremada,
a mais inesperada pedrada na charqueira lusa,
se transformasse na nuvem que se toma por Juno,
e obstaculizasse o que era uno.
A palavra que se mede,
a coragem que se regra,
a pudicícia que se flana,
a santidade de que se ufana alguém
pode conspurcar tudo à volta de limpo e oco.
Por mim, abraço o que estiver arrebenta antipodalmente
longe de esta merda: o bananasmente país,
esta paralisia de podre.
Via Braganza Mothers
Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas
Hoje diz-se assim:
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Via Janelar
Portugal está Doente
A frase pode parecer excessiva, mas já é consensual na sociedade portuguesa a ideia de que a saúde dos portugueses está cada vez menos assegurada devido às medidas que este governo tem vindo a impor nestes últimos dois anos.
O conceito de “tendencialmente gratuita” de que fala a Constituição portuguesa, é um mero eufemismo porque na realidade a saúde é cada vez mais, paga na sua quase totalidade pelos cidadãos utentes, directa e indirectamente. Não pagamos apenas as taxas, os medicamentos e os actos médicos como ainda descontamos uma parte substancial dos nossos vencimentos para, entre outras coisas, a saúde.
Sempre que ouvimos falar numa qualquer comissão de especialistas, ou num estudo encomendado pelo ministério da Saúde, sabemos que Correia de Campos vai fechar alguns serviços, aumentar medicamentos ou implementar mais alguma taxa. Ele diz-nos sempre a mesma coisa, que quer melhorar as condições de atendimento e a qualidade dos serviços, ainda que as listas de espera aumentem, a distância a percorrer seja maior ou o custo seja superior ao anteriormente praticado e muito acima das possibilidades dos pobres doentes.
A racionalização de meios de que fala Correia de Campos está a revelar uma ideia abjecta deste governo, de que a Saúde pode ser um negócio altamente lucrativo, atente-se nas intenções já manifestadas por alguns grupos económicos em abrirem serviços privados onde o Estado teimou em encerrá-los por não se justificarem.
É uma vergonha o que se passa no sector da Saúde em Portugal.
Via Zé Povinho
O conceito de “tendencialmente gratuita” de que fala a Constituição portuguesa, é um mero eufemismo porque na realidade a saúde é cada vez mais, paga na sua quase totalidade pelos cidadãos utentes, directa e indirectamente. Não pagamos apenas as taxas, os medicamentos e os actos médicos como ainda descontamos uma parte substancial dos nossos vencimentos para, entre outras coisas, a saúde.
Sempre que ouvimos falar numa qualquer comissão de especialistas, ou num estudo encomendado pelo ministério da Saúde, sabemos que Correia de Campos vai fechar alguns serviços, aumentar medicamentos ou implementar mais alguma taxa. Ele diz-nos sempre a mesma coisa, que quer melhorar as condições de atendimento e a qualidade dos serviços, ainda que as listas de espera aumentem, a distância a percorrer seja maior ou o custo seja superior ao anteriormente praticado e muito acima das possibilidades dos pobres doentes.
A racionalização de meios de que fala Correia de Campos está a revelar uma ideia abjecta deste governo, de que a Saúde pode ser um negócio altamente lucrativo, atente-se nas intenções já manifestadas por alguns grupos económicos em abrirem serviços privados onde o Estado teimou em encerrá-los por não se justificarem.
É uma vergonha o que se passa no sector da Saúde em Portugal.
Via Zé Povinho
10 junho 2007
«Carta a mim mesmo no dia dos meus anos»
José Luís Tavares (Santiago, Cabo Verde, 10 de Junho de 1967) faz hoje 40 anos.
O Aspirina deseja muitos. Anos, poemas. E felicita-se por poder publicar, hoje, esta
CARTA A MIM MESMO
NO DIA DOS MEUS ANOS
Como poeta nasci já quase canónico
(vede se isto não tem seu quê de cómico),
fazem-me quase um preto gentio camões —
não ligueis, que amanhã príncipe dos anões
serei. É certo que não errei o fio à vida,
seus corsos e naufrágios — fui mais fundo
que os demais? — em modo assaz rotundo
percorri-lhe as voltas, os sustos, a recaída.
Saberão vez alguma que nesta escura feira
tudo é sombra e deriva? Que nem as agudas
razões do pranto desvanecem esta surdina?
Não te iludas com os louros na cabeleira:
mais depressa se rirão das tuas agruras
dizendo «outro que não escapou à sina».
José Luís Tavares
O Aspirina deseja muitos. Anos, poemas. E felicita-se por poder publicar, hoje, esta
CARTA A MIM MESMO
NO DIA DOS MEUS ANOS
Como poeta nasci já quase canónico
(vede se isto não tem seu quê de cómico),
fazem-me quase um preto gentio camões —
não ligueis, que amanhã príncipe dos anões
serei. É certo que não errei o fio à vida,
seus corsos e naufrágios — fui mais fundo
que os demais? — em modo assaz rotundo
percorri-lhe as voltas, os sustos, a recaída.
Saberão vez alguma que nesta escura feira
tudo é sombra e deriva? Que nem as agudas
razões do pranto desvanecem esta surdina?
Não te iludas com os louros na cabeleira:
mais depressa se rirão das tuas agruras
dizendo «outro que não escapou à sina».
José Luís Tavares
Via Aspirina B
09 junho 2007
Antes que a feira acabe
SONETO DO AMOR TOTAL
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.
Vinicius de Moraes in Livro de Sonetos
Este belo soneto também vem incluído na colectânea: Vinicius de Moraes - O Poeta não tem
Fim, editado pela ArtePlural
Via Corta-fitas
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.
Vinicius de Moraes in Livro de Sonetos
Este belo soneto também vem incluído na colectânea: Vinicius de Moraes - O Poeta não tem
Fim, editado pela ArtePlural
Via Corta-fitas
10 de junho
A Portugal
Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
a pouca sorte de nascido nela.
Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta
quanto esse arroto de passadas glórias.
Amigos meus mais caros tenho nela,
saudosamente nela, mas amigos são
por serem meus amigos, e mais nada.
Torpe dejecto de romano império;
babugem de invasões; salsugem porca
de esgoto atlântico; irrisória face
de lama, de cobiça, e de vileza,
de mesquinhez, de fatua ignorância;
terra de escravos, cu pró ar ouvindo
ranger no nevoeiro a nau do Encoberto;
terra de funcionários e de prostitutas,
devotos todos do milagre, castos
nas horas vagas de doença oculta;
terra de heróis a peso de ouro e sangue,
e santos com balcão de secos e molhados
no fundo da virtude; terra triste
à luz do sol calada, arrebicada, pulha,
cheia de afáveis para os estrangeiros
que deixam moedas e transportam pulgas,
oh pulgas lusitanas, pela Europa;
terra de monumentos em que o povo
assina a merda o seu anonimato;
terra-museu em que se vive ainda,
com porcos pela rua, em casas celtiberas;
terra de poetas tão sentimentais
que o cheiro de um sovaco os põe em transe;
terra de pedras esburgadas, secas
como esses sentimentos de oito séculos
de roubos e patrões, barões ou condes;
ó terra de ninguém, ninguém, ninguém:
eu te pertenço.
És cabra, és badalhoca,
és mais que cachorra pelo cio,
és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço mas seres minha, não.
Jorge de Sena
Via Portugal dos Pequeninos
Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
a pouca sorte de nascido nela.
Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta
quanto esse arroto de passadas glórias.
Amigos meus mais caros tenho nela,
saudosamente nela, mas amigos são
por serem meus amigos, e mais nada.
Torpe dejecto de romano império;
babugem de invasões; salsugem porca
de esgoto atlântico; irrisória face
de lama, de cobiça, e de vileza,
de mesquinhez, de fatua ignorância;
terra de escravos, cu pró ar ouvindo
ranger no nevoeiro a nau do Encoberto;
terra de funcionários e de prostitutas,
devotos todos do milagre, castos
nas horas vagas de doença oculta;
terra de heróis a peso de ouro e sangue,
e santos com balcão de secos e molhados
no fundo da virtude; terra triste
à luz do sol calada, arrebicada, pulha,
cheia de afáveis para os estrangeiros
que deixam moedas e transportam pulgas,
oh pulgas lusitanas, pela Europa;
terra de monumentos em que o povo
assina a merda o seu anonimato;
terra-museu em que se vive ainda,
com porcos pela rua, em casas celtiberas;
terra de poetas tão sentimentais
que o cheiro de um sovaco os põe em transe;
terra de pedras esburgadas, secas
como esses sentimentos de oito séculos
de roubos e patrões, barões ou condes;
ó terra de ninguém, ninguém, ninguém:
eu te pertenço.
És cabra, és badalhoca,
és mais que cachorra pelo cio,
és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço mas seres minha, não.
Jorge de Sena
Via Portugal dos Pequeninos
08 junho 2007
Liberdade
Amo a liberdade; por isso, as coisas que amo deixo livres. Se voltarem foi porque as conquistei, se não foi porque nunca as tive!
Via CARTOONICES
E ponte pá?
Não havendo ponte, estou para ver como é que vou de carro para Lisboa...
Sim, moro no deserto!...
Sim, moro no deserto!...
Via Cerveja Fresca
07 junho 2007
PLANOS TECNOLÓGICOS
Cantaram-se hossanas quando foi anunciado o Plano Tecnológico por José Sócrates, como se fosse a verdadeira varinha do condão que iria transformar este país atrasado, num prodígio de modernismo e de sucesso. Tudo era prometido “na hora”, empresas, processos de licenciamento, certidões, matrículas escolares e sei lá o que mais.
Umas coisas foram simplificadas, logo tornadas mais rápidas, outras de tão simplificadas e facilitadas deram origem a processos fraudulentos, também por essa via facilitados e ficou-se por aí mesmo. Mas os políticos lusos, mesmo sem concretizarem as promessas e, especialmente quando as atenções do público estão viradas para matérias incómodas, são altamente criativos e apressam-se em avançar com novas promessas, embrulhadinhas em embalagens vistosas.
Agora são os computadores portáteis, a prestações, com desconto ou a baixo custo, com acesso à Internet em banda larga, também ao preço da uva mijona. A promessa é de que serão os fornecedores dos serviços de banda larga a fornecer os equipamentos. Claro que ninguém quer saber de onde vem tanta benevolência, o que importa mesmo é ter um portátil. Alguns até acreditam que as empresas cotadas na bolsa serão instituições beneméritas, porque não?
Na minha actividade, o turismo, tenho que estar actualizado e recorro com muita frequência à informação disponibilizada na rede. Hotéis, roteiros turísticos, espectáculos, eventos e museus, são alguns dos temas de busca. Em quase todos os países europeus encontro com alguma facilidade informação abundante e de qualidade, já em Portugal não acontece o mesmo, os sites estão muitas vezes desactualizados, as respostas às minhas perguntas ou chegam tarde ou nem chegam e quanto aos museus e monumentos, especialmente estes últimos, quase nada.
Pergunto-me se este foguetório todo não é apenas isso mesmo. Não há conteúdos nacionais nem a nível do ensino nem da cultura. Será que com esta medida vamos ter uma abundância de conteúdos? Ou será que vai ser apenas um óptimo negócio para as empresas fornecedoras dos serviços de banda larga?
Vamos esperar para ver, como o S. Tomé de Boliqueime.
Via Zé Povinho
REUNIÃO DOS G - 8
Manuscritos - Anos 70
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