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07 junho 2007

PLANOS TECNOLÓGICOS


Cantaram-se hossanas quando foi anunciado o Plano Tecnológico por José Sócrates, como se fosse a verdadeira varinha do condão que iria transformar este país atrasado, num prodígio de modernismo e de sucesso. Tudo era prometido “na hora”, empresas, processos de licenciamento, certidões, matrículas escolares e sei lá o que mais.
Umas coisas foram simplificadas, logo tornadas mais rápidas, outras de tão simplificadas e facilitadas deram origem a processos fraudulentos, também por essa via facilitados e ficou-se por aí mesmo. Mas os políticos lusos, mesmo sem concretizarem as promessas e, especialmente quando as atenções do público estão viradas para matérias incómodas, são altamente criativos e apressam-se em avançar com novas promessas, embrulhadinhas em embalagens vistosas.
Agora são os computadores portáteis, a prestações, com desconto ou a baixo custo, com acesso à Internet em banda larga, também ao preço da uva mijona. A promessa é de que serão os fornecedores dos serviços de banda larga a fornecer os equipamentos. Claro que ninguém quer saber de onde vem tanta benevolência, o que importa mesmo é ter um portátil. Alguns até acreditam que as empresas cotadas na bolsa serão instituições beneméritas, porque não?
Na minha actividade, o turismo, tenho que estar actualizado e recorro com muita frequência à informação disponibilizada na rede. Hotéis, roteiros turísticos, espectáculos, eventos e museus, são alguns dos temas de busca. Em quase todos os países europeus encontro com alguma facilidade informação abundante e de qualidade, já em Portugal não acontece o mesmo, os sites estão muitas vezes desactualizados, as respostas às minhas perguntas ou chegam tarde ou nem chegam e quanto aos museus e monumentos, especialmente estes últimos, quase nada.
Pergunto-me se este foguetório todo não é apenas isso mesmo. Não há conteúdos nacionais nem a nível do ensino nem da cultura. Será que com esta medida vamos ter uma abundância de conteúdos? Ou será que vai ser apenas um óptimo negócio para as empresas fornecedoras dos serviços de banda larga?
Vamos esperar para ver, como o S. Tomé de Boliqueime.

Um bom site francês sobre museus http://www.rmn.fr/

Via Zé Povinho

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